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Dúvidas Frequentes

 

“Você tem que acordar cada manhã com determinação se você pretende ir para a cama com satisfação.”

George Lorimer

Caro leitor, neste artigo, estudaremos as dúvidas de língua portuguesa mais frequentes. Vamos anotar?

“A ponto de” ou “Ao ponto de”

Usamos “a ponto de” quando quisermos expressar o sentido de “prestes a”, “na iminência de” ou “de tal modo que”. Por exemplo, a ponto de chorar, a ponto de cair, a ponto de acontecer. Observe as frases:

Eu estava a ponto de perder a paciência.

O professor está a ponto de explodir.

Já a expressão “ao ponto de” ou simplesmente “ao ponto” é usada quando a palavra “ponto” é um substantivo, como mostram os exemplos.

O motorista voltou ao ponto de partida. (ao local de início)

Quero meu hamburguer ao ponto. (nem cru, nem muito cozido)

OBS.: Observe que a expressão “ao ponto de” não apresenta um sentido próprio. Ela aparece sempre depois de um verbo regido pela preposição “a” (voltar a, chegar a,…), motivo pelo qual ocorre a contração dessa preposição com o artigo definido “o”, que define o substantivo ponto: a + o = ao.

“A domicílio”, “à domicílio” ou “em domicílio”?

Esta é uma pergunta bastante frequente, mas não apenas pelo uso da crase. Afinal, “domicílio” é um substantivo masculino, portanto não há discussão, a crase não ocorre neste caso.

Não esqueça que, para ocorrer a crase, precisamos da preposição “a” + artigo definido feminino “a”. Como domicílio é masculino, se houvesse um artigo definido antes, seria o artigo “o”. Logo, o correto é “a domicílio”, assim como “a pé”, “a serviço”, “a jato”, etc.

“A” ou “em” domicílio

Esta é a principal controvérsia que existe em relação à expressão. Qual preposição devemos usar: “a” ou “em”? Normalmente, a preposição “em” indica relação de lugar, enquanto a preposição “a” representa uma ideia de movimento. Ou seja, quando temos verbos que indicam a noção de movimento (levar, trazer, enviar, ir, conduzir, etc.), utilizamos “a domicílio”.

Levam-se compras a domicílio.

– Esta carta deve ser enviada a domicílio.

Se utilizarmos verbos que não dão noção de movimento (dar, atender, fazer, cortar, etc.), devemos usar “em domicílio”.

Damos aulas particulares em domicílio.

Atendemos os clientes em domicílio.

Entrega a domicílio ou em domicílio?

Atenção: se toda entrega se faz “em” algum lugar (em casa, no escritório, no hotel), por que devemos fazer a entrega “a domicílio”? Alguns autores alegam que a expressão “entrega a domicílio” já está consagrada pelo uso.

“Tricampeão” ou “Tri-campeão”?

Os prefixos uni, bi, tri, etc. NUNCA provocam hífen. Exemplos: unilateral, bicampeão, tricampeão, tetracampeão, etc.

O Flamento foi tricampeão estadual este ano.

O judoca conquistou o tricampeonato na última competição.

“Autorretrato” ou “auto-retrato”?

Após a reforma ortográfica, a forma correta passou a ser autorretrato, sem hífen e com a consoante “r” dobrada.

O autorretrato é uma forma de pintura…

A história da artista está nos inúmeros autorretratos pintados.

O falso prefixo “auto” somente é separado do segundo elemento por hífen nos casos em que este inicia por “o” ou “h”. Caso o segundo elemento inicie com a consoante “s” ou “r”, é necessário dobrá-la, sem usar hífen.

Exemplos com hífen:

auto-observação

auto-oxidante

auto-hipnose

 

Exemplos sem hífen (dobrando as consoantes “r” ou “s”)

autorregeneração

autosserviço

autossuficiente

Demais casos, sempre sem hífen:

Autoajuda – autoanálise – autobiografia – autodisciplina – autoescola – autoestima

Até o próximo bate-papo!

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Se desejar participar de treinamentos individualizados, uma espécie de Mentoria para concursos que eu desenvolvo há mais de 15 anos, mande um WhatsApp. Você estuda Língua Portuguesa há alguns anos e ainda não se sente seguro no conteúdo? Acha que não consegue interpretar corretamente? Considera redação um grande problema? Quer iniciar seus estudos sem perder tempo e de forma profissional? Então, esse treinamento é exatamente para você!

A Crase e o Sentido II

 

Vejamos abaixo mais algumas regras:

  1. Diante de topônimos (nomes de lugar) que pedem o artigo feminino, admite-se a crase:

Faremos uma excursão à Bahia, a Sergipe, a Alagoas e à Paraíba.

Perceba que o substantivo “excursão” exige a preposição “a” e os topônimos “Bahia” e “Paraíba” admitem artigo “a”. Por isso há crase. Já os topônimos “Sergipe” e “Alagoas” não admitem artigo; por isso não há crase.

Para você saber se o topônimo pede ou não o artigo, basta trocar o verbo (que exige a preposição “a”) por outro que exija preposição diferente, para evitar a confusão da preposição com o artigo. Veja:

Fui à Bahia.              Fui a Sergipe.

Para termos certeza de que há artigo ou não, basta trocarmos por “vim”. Veja:

Vim da Bahia.                      Vim de Sergipe.

Como o verbo “Vim” exige preposição “de”, se a oração permanecer somente com essa preposição, é sinal de que, com o verbo “Fui”, também permanecerá só a preposição “a” (Vim de Sergipe! Fui a Sergipe).

Mas, se o verbo “Vim” estiver seguido de preposição mais artigo “da”, é sinal de que, com o verbo “Fui”, também ocorrerá preposição mais artigo “à” (Vim da Bahia! Fui à Bahia).

Quando colocamos uma locução adjetiva ou outro determinante que  caracterize o lugar, naturalmente haverá artigo. Havendo verbo que exija a preposição “a”, ocorrerá a crase. Veja:

Viajamos à Brasília de Juscelino, depois fomos à São Paulo da garoa.

  1. A palavra casa normalmente admite artigo (a casa é linda). Porém, quando há um sentido de deslocamento para ou do “próprio lar”, ela não admite artigo.

Você diz: “vim de casa” ou “vim da casa”?

Se é seu próprio lar, é natural dizer, “vim de casa”, “vou para casa”. Porém, quando essa casa não é a sua, coloca-se um determinante nesse substantivo e inserimos artigo. Tudo isso para mostrar que a casa não é a nossa.

Você diz “vim de casa da Luzia” ou “vim da casa da Luzia”?

Note que se pode determinar a palavra “casa” colocando letra inicial maiúscula (Casa). Assim, essa palavra passa a ter outra denotação: sinônimo de Câmara dos Deputados ou representação de uma instituição. Dessa forma, poderá ocorrer a crase:

Prestar à Casa as devidas homenagens.

  1. Seguindo a mesma ideia do item anterior, a palavra “terra” admite artigo normalmente.

A terra é boa!          Ele vive da terra!

Assim, haverá crase:

O agricultor dedica-se à terra.

Não há crase quando a palavra terra está em contraposição a “a bordo”. Isso porque não dizemos “ao bordo”. Não pode haver artigo nesta expressão:

Os marinheiros voltaram a terra depois de um mês no mar. (estavam a bordo)

Mas, se determinamos essa palavra, passamos a ter artigo e, consequentemente, crase. Veja:

Viajou em visita à terra dos antepassados.

Quando os astronautas voltarão à Terra? (a letra maiúscula determina)

  1. Na locução à uma, significando unanimemente, conjuntamente”, haverá crase. Veja:

Os sindicalistas responderam à uma: greve já!

 

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Tentar não significa conseguir.

Mas quem, conseguiu, com certeza tentou. E muito!

Até o próximo bate-papo!

A Crase e o Sentido

Caro leitor,

Hoje vamos conversar sobre o uso da crase! O que é crase?

Crase é a fusão das vogais “a”: a + a = à

Vamos à sua estrutura padrão para ficar tudo mais fácil:

Assim, quando um verbo ou um nome exigir a preposição “a” e o substantivo posterior admitir artigo “a”, haverá crase. Além disso, se houver a preposição “a” seguida dos pronomes “aquele”, “aquela”, “aquilo”, “a” (=aquela) e “a qual”; ocorrerá crase.

Veja as frases abaixo e procure entendê-las com base no esquema acima:

  1. Obedeço à lei.
  2. Obedeço ao código.
  3. Tenho aversão à atividade manual.
  4. Tenho aversão ao trabalho manual.
  5. Refiro-me àquela casa.
  6. Refiro-me àquele livro.
  7. Refiro-me àquilo.
  8. Não me refiro àquela casa da esquerda, mas à da direita.
  9. Esta é a casa à qual me referi.

 

Na frase 1, o verbo “Obedeço” é transitivo indireto e exige preposição “a”, e o substantivo “lei” é feminino e admite artigo “a”, por isso há crase.

Na frase 2, o mesmo verbo exige a preposição, porém o substantivo posterior é masculino, por isso não há crase.

Na frase 3, a crase ocorre porque o substantivo “aversão” exigiu a preposição “a” e o substantivo “atividade” admitiu o artigo feminino “a”.

Na frase 4, “aversão” exige preposição “a”, mas “trabalho” é substantivo masculino, por isso não há crase.

Nas frases 5, 6 e 7, “Refiro-me” exige preposição “a”, e os pronomes demonstrativos “aquela”, “aquele” e “aquilo” possuem vogal “a” inicial (não é artigo), por isso há crase.

Na frase 8, “me refiro” exige preposição “a”, “aquela” possui vogal “a” inicial (não é artigo) e “a” tem valor de “aquela”, por isso há duas ocorrências de crase.

Na frase 9, “me referi” exige preposição “a”, e o pronome relativo “a qual” é iniciado por artigo “a”, por isso há crase.

Vejamos abaixo algumas regras:

  1. Quando os pronomes de tratamento estão na função de objeto indireto ou complemento nominal, antecedidos da preposição “a”, não recebem crase, pois não admitem artigo.

Refiro-me a Vossa Senhoria.                     Fiz referência a Vossa Excelência.

Observação: Dentre os pronomes de tratamento, senhora admite artigo “a”, por isso, se esse pronome for precedido de preposição “a”, haverá crase:

Refiro-me à senhora Gioconda.

  1. Diante de topônimos (nomes de lugar) que pedem o artigo feminino, admite-se a crase:

Faremos uma excursão à Bahia, a Sergipe, a Alagoas e à Paraíba.

Um túnel ferroviário liga a França à Inglaterra.

Perceba que o substantivo “excursão” exige a preposição “a” e os topônimos “Bahia” e “Paraíba” admitem artigo “a”. Por isso há crase. Já os topônimos “Sergipe” e “Alagoas” não admitem artigo; por isso não há crase.

Mas será que devemos decorar quais os topônimos admitem ou não o artigo “a”? Lógico que não, para isso, temos alguns macetes.

Para você saber se o topônimo pede ou não o artigo, basta trocar o verbo (que exige a preposição “a”) por outro que exija preposição diferente, para evitar a confusão da preposição com o artigo. Veja:

Fui à Bahia.              Fui a Sergipe.                        Fui a Roma.

Para termos certeza de que há artigo ou não, basta trocarmos por “vim”. Veja:

Vim da Bahia.                      Vim de Sergipe.                    Vim de Roma.

Como o verbo “Vim” exige preposição “de”, se a oração permanecer somente com essa preposição, é sinal de que, com o verbo “Fui”, também permanecerá só a preposição “a” (Vim de Sergipe → Fui a Sergipe).

Mas, se o verbo “Vim” estiver seguido de preposição mais artigo “da”, é sinal de que, com o verbo “Fui”, também ocorrerá preposição mais artigo “à” (Vim da Bahia → Fui à Bahia).

Entretanto, você vai notar que, às vezes, queremos enfatizar, determinar, especificar esses topônimos que não admitem o artigo. Quando colocamos uma locução adjetiva ou outro determinante que o caracterize, naturalmente receberá artigo. Havendo verbo que exija a preposição “a”, ocorrerá a crase. Veja:

Viajamos a Brasília, depois fomos a São Paulo.

(Viemos de Brasília … de São Paulo)

Viajamos à Brasília de Juscelino, depois fomos à São Paulo da garoa.

(Viemos da Brasília de Juscelino … da São Paulo da garoa)

Portanto, sem decoreba, ok? Temos que entender o uso. Vamos a outros casos.

  1. A palavra casa normalmente admite artigo (a casa é linda; comprei a casa de meus sonhos; pintei a casa de azul, etc). Porém, quando há um sentido de deslocamento para ou do “próprio lar”, ela não admite artigo. Mas isso não será problema para nós, pois usamos isso intuitivamente. Vamos lá:

Você diz: “vim de casa” ou “vim da casa”?

Você diz: “vou para casa” ou “vou para a casa”?

Se é seu próprio lar, é natural dizer, “vim de casa”, “vou para casa”. Porém, quando essa casa não é a sua, naturalmente e intuitivamente, coloca-se um determinante nesse substantivo e obrigatoriamente inserimos artigo. Tudo isso para mostrar que a casa não é a nossa. Está em dúvida? Então veja:

Você diz “vim de casa da Luzia” ou “vim da casa da Luzia”?

Você diz “vou para casa da Luzia” ou “vou para a casa da Luzia”?

Naturalmente usamos as segundas opções, correto?

Sabemos que isso não proporciona a crase. Mas, se enxergamos que a preposição “para” tem o mesmo valor da preposição “a”; na sua substituição, podemos ter crase. Veja:

Vou para casa.          Vou para a casa da Amélia.

a + a

Vou a casa.                  Vou à casa da Amélia.

O bom filho volta a casa todos os dias.

O bom filho volta à casa dos pais todos os dias.

Note que se pode determinar a palavra “casa” colocando letra inicial maiúscula (Casa). Assim, essa palavra passa a ter outra denotação: sinônimo de Câmara dos Deputados ou representação de uma instituição. Dessa forma, poderá ocorrer a crase:

Prestar à Casa as devidas homenagens.

  1. Seguindo a mesma ideia do item anterior, a palavra “terra” admite artigo normalmente.

A terra é boa!          Ele vive da terra!

Assim, haverá crase:

O agricultor dedica-se à terra.

Não há crase quando a palavra terra está em contraposição a “a bordo”. Isso porque não dizemos “ao bordo”. Não pode haver artigo nesta expressão:

Os marinheiros voltaram a terra depois de um mês no mar. (estavam a bordo)

Mas, se determinamos essa palavra, passamos a ter artigo e, consequentemente, crase. Veja:

Viajou em visita à terra dos antepassados.

Quando os astronautas voltarão à Terra? (a letra maiúscula determina)

  1. Na locução à uma, significando unanimemente, conjuntamente”, haverá crase. Veja:

Os sindicalistas responderam à uma: greve já!

 

Quer receber mais dicas como essa? Mande um WhatsApp com o seu NOME, E-mail e a frase “PORTUGUÊSEMFOCO” para (21) 99697-1967 ou click no link: potaldalinguaportuguesa.com.br/copia-1611080321. Conheça mais lá no instagram @prof.claudiabarbosa e no @portaldalinguaportuguesa.

Se desejar participar de treinamentos individualizados, uma espécie de Mentoria para concursos que eu desenvolvo há mais de 15 anos, mande um WhatsApp também. Você estuda Língua Portuguesa há alguns anos e ainda não se sente seguro no conteúdo? Acha que não consegue interpretar corretamente? Considera redação um grande problema? Quer iniciar seus estudos sem perder tempo e de forma profissional? Então, esse treinamento é exatamente para você!

Tentar não significa conseguir.

Mas quem, conseguiu, com certeza tentou. E muito!

Até o próximo bate-papo!

A Dissertação

 

“Nada existe tão alto que o homem, com força de vontade, não possa apoiar a sua escada.”

Friedrich Schiller

Caro leitor, a dissertação é o tipo de texto muito cobrado nos concursos públicos e geralmente ela tem um peso considerável na nota final. Isso significa que a redação pode ser decisiva para você ser aprovado e ser classificado no concurso. Para dificultar as coisas, ao contrário da prova objetiva, não podemos “chutar” alguma alternativa na redação. Também não existe “resposta certa” ou “resposta errada”, muito menos fórmulas. Então, surge a pergunta: como podemos nos preparar para a redação?

De modo geral, a dissertação é o tipo de texto onde nós precisamos defender ideias. Nós precisamos escrever um texto onde nós devemos nos posicionar (ou seja: apresentar uma opinião, um ponto de vista) e defender essa posição.

Como se preparar?

Existem duas etapas fundamentais: a primeira etapa é como escrever e a segunda etapa é como escrever melhor.

Na primeira etapa (como escrever), você deve buscar os conceitos fundamentais para escrever o texto argumentativo-dissertativo da forma correta. Isso significa que você deve buscar a escrever cada tipo de parágrafo, sabendo a função e o propósito de cada um, ou seja: você precisa saber escrever a redação no passo a passo, passando pela introdução, pelo desenvolvimento e pela conclusão.

Na segunda etapa (como escrever melhor), você deve buscar aprimorar a sua escrita. De modo geral, nessa parte, você vai aprimorar os aspectos que são fundamentais para a redação: coesão textual, coerência textual, originalidade expressão linguística e caligrafia.

Monte a sua Estratégia

Se você parar e ficar olhando para a folha, a folha vai olhar para você. Então, você vai olhar para a folha. Então, a folha vai olhar para você novamente e nada vai acontecer. As ideias não caem de paraquedas nem surgem “do nada”. Redação não é improviso, mas sim é estratégia. Logo, antes do dia da prova de redação chegar, monte a sua estratégia.

Dissertação: monte a sua estratégia

Redação não é improviso. Quando a hora de escrever a redação chegar, você precisará saber exatamente o que fazer e, para tanto, você precisa montar a sua estratégia. Para tanto, a melhor maneira de se organizar é esquematizar o passo a passo da redação em etapas.

1ª Etapa: Tema

Ler o tema e entender bem o tema é o seu primeiro passo.

2ª Etapa: Incentive a sua mente trabalhar

Não adianta ficar parado olhando para o papel sem saber o que fazer, esperando as ideias caírem de paraquedas. Para fazer as ideias surgirem, nós precisamos incentivar a nossa mente a ir atrás dessas ideias.

3ª Etapa: Defina a sua tese

A tese é a ideia que irá guiar o seu texto. Afinal, o objetivo da redação é comprovar a tese, ou seja: você vai escrever cerca de 30 linhas para defender e comprovar a tese (que geralmente pode ocupar 2 ou 3 linhas). Ela pode ser criada se unindo as ideias principais de cada parágrafo de desenvolvimento (as ideias principais de cada parágrafo de desenvolvimento formam a ideia principal da redação, que é a tese).

4ª Etapa: Rascunho

O rascunho é muito importante para aperfeiçoar a sua redação. Primeiro, escreva o rascunho do seu texto direcionando toda a sua atenção para o conteúdo da redação. Use as técnicas argumentativas para desenvolver as suas ideias e escreva mantendo o foco no conteúdo (se quiser começar primeiro pelos parágrafos de desenvolvimento e depois fazer a introdução fique à vontade). Ao terminar essa primeira versão, verifique se o conteúdo não foge do tema e verifique se ele tem originalidade (se a sua redação tiver ideias vagas e genéricas então procure mudar isso).

Depois, faça uma nova leitura mantendo o foco na gramática (emprego de vírgulas, crase, concordância, ortografia, etc.). Nessa segunda leitura, procure fazer alterações para melhorar a coesão textual (use e articule melhor as conjunções). Então, depois dessa segunda leitura, você deve estar satisfeito com o conteúdo da redação e com a forma que esse conteúdo é apresentado.

Bem, esses 4 passos foram apenas um exemplo de como você pode sistematizar a sua estratégia para escrever a redação. Monte a sua estratégia de tal modo que você possa escrever a sua redação seguindo um passo a passo.

Até o próximo bate-papo!

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Predicativo ou Adjunto Adnominal

“Suas escolhas de hoje provocaraão consequências amanhã.

Logo, reflita bem sobre elas. ”.

Caro leitor,

É muito frequente a confusão entre o predicativo e o adjunto adnominal. Essa confusão tem origem no fato de essas serem duas funções desempenhadas pelo adjetivo. Então, do ponto de vista semântico, você observará que o adjunto adnominal corresponde, normalmente, a uma adjetivação que ocorre de forma completamente alheia ao processo verbal, ao passo que o predicativo corresponderá a uma adjetivação que guarda alguma relação com o processo verbal.

A presença de características semelhantes revela, sem dúvida, fator preponderante na recorrência de alguns questionamentos, principalmente quando o assunto diz respeito à análise sintática.

Veja a análise de alguns enunciados, evidenciados a seguir:

Os estudantes consideraram a prova difícil.

Para descobrir se o termo em questão (difícil) se refere a um adjunto adnominal ou a um predicativo do objeto, basta substituí-lo por um pronome substantivo, o qual resultaria no seguinte enunciado:

Os estudantes consideraram-na difícil.

Constatamos que o pronome oblíquo em evidência atua como objeto direto (substituindo o termo “a prova”). Assim, mesmo havendo tal substituição, o termo “difícil” continuou intacto, haja vista que ele não é parte do objeto, mas sim um termo que a ele está relacionado, logo um predicativo do objeto direto.

Veja outro exemplo:

Os concurseiros resolveram uma questão difícil.

Faça o mesmo processo, o de substituir o objeto direto (uma questão) por um pronome oblíquo, obtém-se somente:

Os concurseiros resolveram-na.

Gramaticalmente falando, “os alunos resolveram-na difícil” configuraria uma inadequação.

É exatamente por essa razão que afirmamos que o termo “difícil”, em se tratando desse caso, classifica-se como um adjunto adnominal, haja vista que ele é parte do objeto direto.

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Até o próximo bate-papo!

A Redação e a Gramática III

“Nenhum caminho é perfeito, pedras sempre existiram em qualquer lugar, mas, tem uma coisa chamada força de vontade e só existe dentro de nó.”

Cláudia Barbosa

 

Caro leitor,

Todo texto deve ter um estilo próprio que obedeça às regras gramaticais. Neste artigo vamos versar sobre algumas técnicas para que você não se complique durante a construção textual de uma redação. É importante ter em mente que sua produção deve ser clara e objetiva, afinal, a melhor escrita será aquela que apresentar uma estrutura coesa e coerente em consonância à gramática.

Manter a consistência é fundamental para a linearidade do seu texto, para isso, você precisa manter os seus conhecimentos em gramática em dia, e por isso, separei algumas dicas gramaticais importantes que o auxiliarão durante a sua construção textual.

Tudo seria muito mais fácil se nos explicassem as coisas de forma simples e “conectadas”, sem precisar nomeá-las. É mais compreensível (fácil) dizer para você escrever um período que lhe de a ideia de conclusão do que pedir a você para fazer uma oração coordenada sintética conclusiva.

Você chegará ao mesmo lugar, porém, feliz e satisfeito. Assim acontece com a redação: não adianta decorar a nomenclatura.

Redação é prática! Não é você que vive dizendo que gosta de coisas práticas? Então, redação é prática! A escrita é a manifestação de nossas ideias. Se escrevo com ideias de conclusão, devo usar palavras que indiquem tal função: “portanto, assim, dessa forma, concluindo…”; se quero explicar alguma situação, devo usar palavras explicativas: “porque, por isso, pois…”; se quero me referir ao que eu disse no desenvolvimento, por exemplo, devo escrever na conclusão: “Com base no que foi dito…” ou “Levando-se em consideração os fatos mencionados…”

Está vendo? Escrevi de forma simples, mas transmiti minhas ideias, mesmo sem precisar saber a classificação gramatical das expressões. Depois de toda essa argumentação, espero tê-lo convencido de que escrever é praticar, e de que não precisa decorar nomenclatura para escrever bem. Basta organizar suas ideias.

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Tentar não significa conseguir. Mas quem, conseguiu, com certeza tentou. E muito!

Até o próximo bate-papo!

A Redação e a Gramática II

“Se você não tem incentivo de alguém, é bom ter muita força de vontade.”

Cláudia Barbosa

 

Caro leitor,

Alguém já ouviu dizer qual é a utilidade de saber o que é uma oração coordenada sindética adversativa? E por que eu devo dizer que “eu cheguei a casa cansado” em vez de dizer “eu cheguei em casa cansado”? Por que tínhamos de ficar decorando as conjunções: mas, porém, todavia, no entanto, entretanto, contudo e por aí afora? E por que se escrevem os porquês de formas diferentes? Muitas vezes fazíamos essas perguntas, e o que obtínhamos era: porque sim (e nem era propaganda de cerveja na época!).

Mas, onde eu quero chegar com toda essa história? (ou seria “aonde” eu quero chegar com toda essa história? – acertou quem disse que a última forma é a correta). Quero chegar ao ponto de que pelo fato de a gramática ser ensinada de forma separada da redação, aprendemos as coisas fragmentadas e raramente conseguimos fazer uma conexão entre a teoria da gramática e o texto que escrevemos.

Observe a seguinte situação: você foi a uma festa; não gostou; veio embora. O professor de gramática tradicional diria para você reescrever a situação da seguinte maneira: use as normas cultas da gramática para traduzir a ideia acima: escreva uma oração coordenada assindética, seguida de uma oração coordenada sindética adversativa e depois uma oração coordenada sindética explicativa.

Felizmente não precisamos escrever dessa maneira. Eu não preciso decorar o que é uma oração coordenada sindética adversativa; apenas devo atentar para o significado das palavras: “adversativa” é sinônimo de adversidade, ou seja, ideias contrárias; e daí pensar: que palavras dão-me a ideia de contradição? (mas, porém, todavia, etc). Então, eu montaria o período: Fui a uma festa, mas não gostei dela. Pronto! Escrevi uma oração coordenada sindética adversativa e nem doeu…

E a ideia continua: por que você veio embora? Vim embora porque a festa estava ruim. Logo, se fosse para juntar toda a ideia em apenas parágrafo, ficaria: “Fui a uma festa, mas não gostei dela, por isso vim embora.” Automaticamente você construiu uma oração coordenada sindética adversativa e depois uma oração coordenada sindética explicativa.

E o melhor de tudo: sem se machucar, somente pensando no sentido que ela gerou.

Dessa forma, aprendemos o que parece nos fazer sentido; tudo aquilo que não entendemos ou que não nos faz sentido fica muito vago, obscuro, difícil. É por isso que muita gente “odeia” gramática.

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Tentar não significa conseguir. Mas quem, conseguiu, com certeza tentou. E muito!

Até o próximo bate-papo!

Classes Gramaticais -Morfologia

“Acredite sempre, não importa as circunstâncias. É provável que as dificuldades acabem por surgir, mas, se nunca duvidar, sua determinação fará o resto”.

 

Cláudia Barbosa

 

Caro leitor,

Prepare-se para aprender o que são substantivos, verbos, pronomes e outras classes gramaticais, com dicas da nova ortografia.

Parte 1 – Conhecendo os substantivos

Entenda o que é um substantivo. Os substantivos são palavras utilizadas para dar nome às pessoas, aos lugares, aos sentimentos e às coisas. Por exemplo, “professor” é um substantivo, bem como “praia”, “medo” e “computador”, pois servem para nomear, respectivamente, uma profissão, uma formação geológica, um sentimento e uma máquina.

Parte 2 – Veja como existem vários tipos diferentes de substantivos: “Próprio”, “Comum”, “Coletivo”, “Abstrato” e “Composto”.

Substantivo próprio: serve para nomear um item específico, por exemplo: Sr. Paulo (é uma pessoa), Copacabana (é uma praia) e Positivo (é um computador). Os substantivos próprios devem ser sempre grafados em letra maiúscula.

Substantivo comum: é utilizado para dar nome a elementos que pertençam a uma mesma espécie ou tipo, por exemplo: pessoa, computador, praia.

Substantivo coletivo: nomeia uma coleção ou um grupo de elementos. Por exemplo: equipe, família e empresa. Observe que, ao utilizar um substantivo coletivo como sujeito de uma oração, não se deve conjugar o verbo no plural, veja: “A família ‘saiu’ de férias”. Contudo, ao se referir aos itens do grupo, o verbo é conjugado no plural: “Os membros da família ‘saíram’ de férias”.

Substantivo abstrato: dá nome a ideias, sentimentos, qualidades e a qualquer tipo de item não concreto. Alguns exemplos são: honestidade, amor e tristeza. Ações também são nomeadas como abstratas, por exemplo: leitura, escrita, natação, pintura e desenho.

Substantivos compostos: são formados (compostos) por mais de uma palavra. Por exemplo, o substantivo guarda-chuva é resultado da união das palavras “guarda” e “chuva”. Segundo o novo acordo ortográfico:

Quando a primeira palavra terminar em vogal e a segunda começar com “s” ou “r”, duplica-se a consoante e não se usa o hífen, por exemplo: antissocial, ultrassonografia, autorretrato;

Se a primeira palavra terminar em vogal e a segunda começar em vogal, as duas se unem sem o uso do hífen (exceto quando as vogais são iguais): autoafirmação, infraestrutura, semiaberto, micro-ondas, anti-inflamatório;

O hífen deve ser utilizado quando a primeira palavra terminar em “r” e a segunda começar em “r”, por exemplo: inter-relação, hiper-realista, super-resistente;

Os substantivos formados pelos prefixos ex, pré, pós e recém devem conter hífen: ex-namorado, pré-natal, pós-graduação, recém-casados.

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Tentar não significa conseguir.

Mas quem, conseguiu, com certeza tentou. E muito!

Até o próximo bate-papo!

A Redação e a Gramática

“As pessoas não carecem de força, carecem de determinação.”

Cláudia Barbosa

 

Caro leitor,

Chegamos a um assunto que costuma dar dor de cabeça em alguns: “gramática”. E quando se colocam os dois lado a lado, então, o fantasma aumenta de tamanho: redação e gramática! Meu amigo, acabe com essa ideia completamente infeliz de pessoas que dizem: “eu odeio português!” Ora, pense comigo, foi graças ao “português” que você conseguiu expressar seu sentimento – sim, seu pensamento foi escrito ou falado exatamente “em português”. E vamos ser bem sinceros: Por que não gosta do Português? Adapte-se e encare os problemas, afinal, essa é a língua que você sempre falou/escreveu (e muitos, provavelmente, bem ou mal, só sabem falar ou escrever em português…).

A função da gramática é exatamente dar sentido e lógica à escrita. Para elucidar melhor: imagine um prédio sem tijolos em analogia a um texto sem as classes gramaticais adequadas – o resultado seria semelhante, se equiparados. A gramática é extensa e tem suas próprias particularidades, portanto, se você está com dificuldades para compreender o todo, priorize os elementos gramaticais que mais afetam a capacidade de redigir um texto de forma eficaz.

As escolhas gramaticais dentro de um texto moldam diretamente a sua escrita e o seu estilo. Dessa forma, desenvolver frases com excelência gramatical tornam o seu texto muito mais preciso em sua função de se comunicar. É como aprender a realizar operações matemáticas, após adquirir o conhecimento necessário, tudo passará a fazer sentido, possibilitando a organização e expressão de ideias em sua mente.

Escrever tem sido tarefa árdua para muitos, mas tudo depende da forma como você a encara. Certamente esse trauma vem da forma como fomos ensinados: o português como castigo (lembram-se de quando os colégios davam como castigo fazer uma redação? É mais ou menos por aí que começa nossa aversão à língua portuguesa). Quem nunca ficou traumatizado com a análise sintática? Raramente encontramos pessoas que sabem o que é um objeto direto, objeto indireto, objeto direto preposicionado… e, mais raro ainda, é encontrar alguém que diga: eu adoro análise sintática!

Veja bem: você não aprendeu análise sintática até hoje e nem por isso ficou uma pessoa problemática; também não compreendeu direito o que é uma oração subordinada substantiva completiva nominal e nem por isso ficou se embebedando por aí. Então, por que o trauma?

Você já parou para pensar para que servia a “separação de sílabas” que aprendemos lá no ensino fundamental? A sua “tia” alguma vez lhe disse que a separação de sílabas era para separar as palavrinhas no final da linha? As “profs” mais modernas até dizem, mas a minha professora  nunca me disse isso…

Em um mundo cada vez mais globalizado, a gramática parece mais distante, em virtude da constante evolução da comunicação e o surgimento de ferramentas modernas.

Estudar gramática exige compromisso e dedicação. Os obstáculos são diversos, por isso, estudar por meio de um curso de redação é uma ótima dica.

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Particípio e Verbos Abundantes

“Determinação, coragem e autoconfiança são fatores decisivos para o sucesso”.

Caro leitor,

Você já ouviu falar de VERBOS ABUNDANTES?

São os que têm mais de uma forma no particípio: o REGULAR (com desinências -ADO e -IDO) e o IRREGULAR.

Por exemplo: o PARTICÍPIO REGULAR dos verbos LIMPAR e IMPRIMIR é, respectivamente, LIMPADO e IMPRIMIDO. Já o PARTICÍPIO IRREGULAR é LIMPO e IMPRESSO.

Mas quando usar um ou outro?

Isso vai depender do VERBO AUXILIAR:

1ª) Com TER e HAVER, usamos o PARTICÍPIO REGULAR. Então, dizemos:

“Cláudia já TINHA (ou HAVIA) LIMPADO a sala”;

2ª) Com os verbos SER e ESTAR, usamos o PARTICÍPIO IRREGULAR:

“A sala FOI LIMPA por Cláudia”;

Verbos primitivos e derivados

Se você souber conjugar os verbos primitivos (ter, ver, vir, pôr…), você saberá conjugar seus derivados: deter, rever, provir e repor, entre outros. Observe:

– Eu PONHO / Eu REPONHO os livros na mesa.

– Eu VEJO e REVEJO os filmes.

– Eu VENHO de longe /Eu PROVENHO do Centro.

Eles OBTERAM ou OBTIVERAM?

Observemos o verbo TER e seus derivados. OBTER se conjuga como TER.

Como dizemos “Eles TIVERAM”, devemos dizer: “Eles OBTIVERAM”.

Verbos como manter, conter, reter e outros derivados de TER também seguem esse modelo de conjugação: eles mantiveram, contiveram, retiveram…

Na dúvida, sempre volte ao verbo primitivo.

VIR e VER

Quem nunca teve dificuldades com os verbos VER e VIR?

Isso acontece porque esses verbos têm flexões muito parecidas em duas situações.

“VIMOS os meninos no parque” e

“VIMOS informar-lhe que a reunião foi para segunda.”

Qual é a do verbo VER e qual é a do verbo VIR?

Só dá para saber pelo contexto. Vamos analisar:

Em “VIMOS os meninos no parque”, refere-se ao ato de enxergar – verbo VER.

Já em “VIMOS informar-lhe…”, o sentido é de movimento, de locomoção, de dirigir-se até alguém. Logo, verbo VIR.

A outra situação é a flexão no futuro do subjuntivo:

Verbo VIR: “Quando eu VIER ao Rio novamente, passarei em sua casa”;

Verbo VER: “Quando eu VIR o Paulo, falarei que você mandou lembranças”.

Muitos estranham a forma QUANDO EU VIR, mas é a única maneira correta de flexionar a primeira pessoa do singular do verbo VER no futuro do subjuntivo.

E atenção, os verbos derivados de VIR e VER também seguem a mesma conjugação:

– quando ele PREVIR, REVIR, ANTEVIR…

– quando ele INTERVIER, PROVIER, CONVIER…

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