Coesão e Coerências Textuais II

“Escrever é a ação de representar palavras ou ideias com letras ou signos em um papel ou qualquer outra superfície. Chamamos de escrever ao exercício da escritura com o propósito de transmitir ideias, redatar um tratado, documento ou texto de ficção, traçar notas e signos musicais, inscrever dados ou qualquer outra ação de transposição de letras e símbolos em uma superfície dada.”

 

 

Caro leitor,

Os elementos de coesão (conectivos) servem, portanto, para articular e ligar as diferentes partes do texto. Mas, não basta simplesmente usar conectivos; é preciso escrever o texto de forma que ele faça sentido. Assim, a coerência textual é a correspondência entre as ideias do texto de forma lógica.

As palavras possuem sentido individualmente, no entanto, quando elas se relacionam, um novo sentido pode ser dado a ela. Quando essas ideias se completam, dizemos que o texto é coerente. Caso essa ligação entre as ideias não se realiza, haverá alguma contradição ou ausência de sentido, daí dizemos que ocorreu uma quebra da coerência textual.

Preste atenção, porque isso é muito importante.

Nem sempre é fácil assim detectar um texto incoerente, principalmente em nosso próprio texto. Veja exemplos:

“As árvores estão sendo derrubadas e, por isso, a floresta consegue sobreviver”.

“Pela manhã recebi uma carta repleta de conselhos. Era uma carta em branco e não liguei para os conselhos já que conselhos não interessam para mim, pois sei cuidar de minha vida”.

Olhando apenas a estrutura gramatical, verificamos que os dois textos apresentam coesão. O problema está nas contradições lógicas, o que mantém a relação entre a coesão e a coerência. Como a floresta consegue sobreviver se as árvores estão sendo derrubadas? Como é possível uma carta em branco estar repleta de conselhos? Assim, quando o entendimento do texto é comprometido, normalmente diz-se que ele está incoerente. Nos casos citados, o mau uso dos conectivos resultou na falta de coerência. Portanto, a incoerência pode ocorrer por problemas no emprego dos mecanismos gramaticais e lexicais, bem como na organização de períodos e de parágrafos. Dessa forma, procure se atualizar constantemente para ter maior domínio do processo de produção textual.

A coesão entre orações

Agora que você já sabe que há diversos elementos de coesão que devem ser utilizados para que não precisemos repetir palavras, é necessário cuidar também da coesão das orações em sua redação, ou seja, ficar atento para que haja uma conexão, uma ligação, entre uma oração e outra ou entre parágrafos. Para que sua redação fique coesa e coerente, faz-se necessário que pensemos sobre o sentido das palavras que escrevemos.

Repare nas seguintes orações:

Deve ter faltado energia. A geladeira está totalmente descongelada.

Se fôssemos unir as duas orações, certamente precisaríamos colocar uma palavra para que o período fizesse sentido. É preciso, antes de escolher a palavra certa, verificar qual o sentido queremos dar ao texto; neste caso, temos um exemplo claro de que a explicação para a geladeira estar descongelada foi a falta de energia. Logo, a palavra que queremos deverá indicar uma explicação – e várias são as palavras que possuem essa função: pois, por isso, porque.

Assim, o elemento de coesão que ligará uma oração a outra poderá ser expresso por:

Deve ter faltado energia, pois a geladeira está totalmente descongelada.

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Tentar não significa conseguir. Mas quem, conseguiu, com certeza tentou. E muito!

Até o próximo bate-papo!

Um Novo Começo

O início do ano é mais uma oportunidade para que você dê importantes saltos na sua vida, deixando um lugar em direção a outro, na direção do seu crescimento e realização de seus desejos e sonhos, revelando ao mundo seus talentos. Podemos dar muitos pulos na vida, sendo que cada um demandará talentos específicos para o sucesso do salto.

SEU PLANEJAMENTO ESTÁ PRONTO?

A maioria das pessoas escolhe algumas datas especiais para iniciar uma tarefa ou mesmo para elaborar um planejamento para mudança de vida.

É a dieta que se inicia na próxima segunda e que quase nunca tem sucesso; é uma mudança de comportamento e atitudes que deveria ter começado em primeiro de janeiro passado; é o forte desejo de melhorar o desempenho nos estudos que desta vez será levado a sério.

Não se culpe, muitos de nós fazemos isso e eu só consegui chegar a bons resultados nas minhas promessas quando passei a aplicar nos meus próprios projetos aquilo que já sabia teoricamente.

Compartilho aqui o que aconselho aos meus coachees para que eles façam planejamentos consistentes para o aproveitamento do ano:

1 – ANÁLISE DO PERFIL COMPORTAMENTAL

Eu costumo sugerir esta prática, pois creio que seja um importante ponto de partida para iniciar um processo de autoconhecimento e tomar contato com suas forças e virtudes.

Atualmente as ferramentas utilizadas para esta finalidade são muito eficientes e completas, auxiliando em muito a tarefa. Ao aplicar a Avaliação Comportamental nos meus coachees, os resultados são mais assertivos.

2 – IDENTIFICAÇÃO DAS METAS E OBJETIVOS

Sabendo-se aonde se quer chegar, já é um bom começo, mas a minha sugestão é que você escreva todas as metas e objetivos em um papel, utilizando canetas coloridas para identificar o que é profissional e o que é pessoal. Não coloque datas. Escreva apenas o que você pretende para este novo período.

Não se esqueça, não é para ser digitado, você deverá escrever!

3 – MAPEAMENTO

Faça um mapa de suas competências técnicas e comportamentais, pontos fortes e de melhoria, aspectos pessoais, performance/desempenho e demais informações que julgar importante.

Relacione também os conhecimentos, as experiências, formações e certificações que serão necessárias para que você consiga êxito em seu projeto neste novo ano.

4-  DEFINA AS ESTRATÉGIAS

Após os itens anteriores estarem registrados, defina as estratégias para que sejam alcançados, afinal, você conhece bem o tempo e recursos disponíveis que tem. Não planeje e não coloque como meta o que seja inviável no momento.

Já um coachee que quando fomos analisar este item percebemos que um dos objetivos era ser aprovado em um concurso de ponta, e o tempo disponível era de apenas 2 meses. Estes erros são comuns.

Nesta fase é importante que determine as datas e prazos para cada item previsto.

5 –  CHECK-UP

Faça uma simulação de todo o planejamento e verifique se é viável.

Durante o ano, refaça este check-up, com frequência, e caso necessário faça as devidas correções.

6 –  COACHING

Tenha um Coach profissional. Isto vai ajudar você a entender e resolver os problemas que à primeira vista são insolúveis, além de auxiliar a encontrar as pontas do cordão de sua vida e de desenrolar o emaranhado em que algumas vezes ela se transforma.

Desde que passei a aplicar estes 6 passos, chego ao final de cada ano com a sensação de dever cumprido e o que é mais importante: feliz por ter alcançado o que planejei.

Estas 6 regrinhas têm auxiliado muitos coachees e tenho certeza de que também ajudará você.

Mas tudo isso nos exige sair constantemente da zona de conforto. Todos os dias, ao acordar precisamos sacudir a poeira de tudo aquilo que estamos habituados para abrir espaço ao novo. Deixar para trás o velho e se abrir ao novo é despir-se do medo do desconhecido. É deixar-se dominar pelo entusiasmo, curiosidade e vontade de viver e fazer diferente.

Portanto, a chave para lidar com isso não depende apenas da busca de novas oportunidades, mas também da nossa habilidade para enxergar o mundo com outros olhos e não subestimar a capacidade da transformação.

Lembre-se de que realizar um sonho é o caminho mais eficaz para a felicidade, pois quando você sonha ou deseja alguma coisa, faz de tudo para alcançar. E aí vem a satisfação de ter conquistado o que se quer com os próprios esforços. É como um atleta que se esforça para treinar cada dia mais até que, numa competição, consegue chegar ao topo. Não importa se o seu pódio é feito de madeira ou ferro, o mais importante é a sua conquista pessoal. Logo,  este ano, é mais uma oportunidade para que você dê importantes saltos na sua vida rumo a maravilhosas realizações.

Sucesso, afinal, você merece.

Cláudia Barbosa de Paiva

Concurso Público do Zero?

“Acredite sempre na força dos seus sonhos. Confie que Deus jamais colocaria em seu coração algo que não fosse capaz de realizar.

Se o mundo duvida do que você quer, Deus acredita em ti”.

 

Cláudia Barbosa

 

Caro leitor,

Estudar para um concurso público não é fácil, pois é necessário foco, concentração, disciplina, material adequado e a elaboração de um ótimo plano de estudos.

Tempo é muito curto e é muito conteúdo para estudar se você quiser estar pronto para as provas.

Revisar a matéria é algo indispensável, logo elaborar bons mapas mentais facilitará o processo. Os resumos anotados tomam muito tempo.

Outra dica importante é estudar de maneira antecipada em relação aos concorrentes, pois isso lhe dará uma vantagem enorme, uma vez que todo conteúdo, por mais extenso que seja, estará didaticamente armazenado em seu cérebro, bastando um olhar na matéria estudada para a memória responde ao estímulo.

Não importa se consegue estudar apenas uma ou cinco horas ao dia, sempre acredite na qualidade do aprendizado.

Defina uma meta. A definição clara dos seus objetivos na preparação será fundamental para uma motivação duradoura, já que uma pessoa está mais propensa a tomar a iniciativa quando sabe exatamente o que quer fazer. Portanto, tome um momento para colocar seus objetivos no papel, e seja o mais específico possível.

Estabelecendo objetivos específicos, mensuráveis, possíveis e realistas, e determinando um prazo para cada um deles. Mantendo isso em mente, você poderia definir a meta de ler, fazer anotações e criar um guia de estudos para finalizar a análise de um determinado tópico em seu processo de estudo.

Acrescente recompensas atrativas. Depois de definir suas metas, pense em recompensas que poderão incentivá-lo a estudar — isso funcionará melhor se os objetivos maiores forem divididos em etapas mais viáveis. Sempre que conseguir finalizar uma dessas etapas, recompense-se com um mimo que estimule ainda mais sua motivação.

Deixe tudo que você precisa para estudar por perto. Seus lápis, canetas, marcadores de texto e livros devem estar ao seu alcance para que você não se distraia no meio dos estudos. Organize o local, se necessário, para que a bagunça não afete sua concentração. Não deve haver qualquer motivo para se levantar e interromper seu momento de concentração.

Mesmo que você não saiba se vai precisar de um determinado item, deixe-o no seu “local de estudos”. Todos os cadernos, livros e papéis (como as anotações e ementas de estudo) devem estar por perto. Esse é um dos segredos para o sucesso. Use seu computador somente se necessário. Se não for precisar dele, não o deixe por perto.

Um último argumento importante é que ao estudar todas as matérias ao mesmo tempo podemos avançar de forma equilibrada, também de forma a concluir todas as matérias do programa simultaneamente. É importante destacar que a cada revisão se conhece um novo conceito que ficou esquecido no momento anterior devido a uma falta da contextualização, isso é fundamental.

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Tentar não significa conseguir.

Mas quem, conseguiu, com certeza tentou. E muito!

Até o próximo bate-papo!

A Importância do Hábito de Leitura

“O bom livro é aquele que se abre com interesse e se fecha com proveito.”

Amos Alcott.

Caro leitor,

Por que o hábito da leitura é tão difícil para algumas pessoas?

Pesquisas feitas nas últimas edições de Retratos da Leitura no Brasil revelam que o brasileiro lê em média 2,43 livros por ano. Um número bastante baixo se comparado a Índia, que, segundo o Índice de Cultura Mundial, dedica 10 horas e 42 minutos semanais para ler.

Com o objetivo de ajudá-lo a entender a importância da leitura, trouxe algumas dicas.

Qual a importância da leitura em nossas vidas?

Seja por prazer, por estudo ou apenas pela necessidade de se informar, praticar a leitura oferece uma quantidade enorme de benefícios para o nosso desenvolvimento: aumenta o vocabulário, melhora a capacidade de raciocínio, interpretação e escrita, além de aumentar o aprendizado pessoal.

E tem mais: no mundo globalizado em que vivemos, estar bem informado é essencial para ajudar a formar uma opinião bem estabelecida sobre os mais diversos assuntos – isso também é possível através da leitura.

Mas, como criar o hábito de ler?

O primeiro passo para atingir seu objetivo de leitura é: pegar um livro! Procure aquele que seja do seu interesse ou escolha de forma aleatória.

Estabeleça também uma meta: reserve um espaço do seu dia para se dedicar somente à leitura. Assim que estabelecer a meta, se concentre!

A última e mais importante dica: não se cobre tanto. A leitura precisa ser prazerosa, uma distração, um tempo só seu, que com toda certeza vai desenvolver o seu crescimento pessoal. Dê uma chance para esse hábito e descubra todos os prazeres que um livro pode oferecer.

Se você já tem o hábito da leitura, parabéns! Se você já pratica a leitura esporadicamente, aumente a intensidade. Agora, se você ainda não tem o hábito da leitura, mesmo conhecendo agora essas dicas, está esperando o que? Comece já!

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Até o próximo bate-papo!

Predicação Verbal: Compreensão do Sentido

 “Os três grandes fundamentos para se conseguir qualquer coisa são: primeiro,  trabalho árduo; segundo, perseverança; terceiro, senso comum.”

Thomas Edison

Caro leitor,

transitividade verbal é assunto da sintaxe e diz respeito à necessidade (ou não) que um verbo tem de ser complementado com outros elementos linguísticos. Estes podem se ligar ao verbo por meio de preposição.

Quando se estuda transitividade verbal, estuda-se a compreensão acerca do sentido da ação expressa por um verbo.

Se essa ação pode ser entendida completamente apenas por meio do verbo, sem necessidade de algum complemente (OD – OI), diz-se que o verbo é intransitivo.

Se, por outro lado, a ação precisa de informações que a componham, pois não apresenta um sentido completo apenas com o uso do verbo, diz-se que se trata de um verbo transitivo. Neste caso, será exigido, portanto, um complemento verbal (OD – OI).

Classificação

Para facilitar o entendimento do conceito de transitividade verbal, vamos analisar alguns exemplos:

  • “O Brasil acorda”.

Nessa frase, tem-se que “O Brasil” é o sujeito ao qual o verbo “acorda” se refere. O verbo “acordar” apresenta sentido completo. Isto é, nenhuma informação complementar é necessária para que o leitor compreenda integralmente a ação, que está totalmente expressa no próprio verbo. Por isso, diz-se que é um verbo intransitivo (VI).

  • “Escrevemos o artigo”.

O sujeito simples “nós” pode ser percebido pela desinência do verbo da oração “escrevemos”. O ato de escrever pressupõe escrever algo, um livro, uma carta. Ou seja, quem escreve, escreve alguma coisa (seja um artigo ou uma poema, por exemplo).

Portanto, “escrever” pode ser classificado como um verbo transitivo, visto que precisa de um complemento para ter seu sentido completo. O complemento verbal em questão se liga ao verbo diretamente, isto é, sem necessidade de preposição. Por isso, neste caso, o complemento é chamado de objeto direto (OD).

  • “Houve dias de sol”.

O verbo “haver”, no sentido de existir, é impessoal. Trata-se de uma oração sem sujeito. Ainda assim, ele exige um complemento, pois houve algo (um evento, um objeto, uma ocorrência). Dessa forma, por não exigir um complemento iniciado por preposição, esse verbo também pode ser classificado como transitivo direto (VTD).

No exemplo, “dias de sol” ocupa a função sintática de objeto direto, pois complementa o sentido proposto pelo verbo haver.

  • “Necessito de amigos”.

Nesse exemplo, tem-se o sujeito simples “eu” e o verbo que o determina é “necessito”. A ação expressa por esse verbo pressupõe que se “necessite” de alguma coisa. Dessa forma, para complementar o sentido verbal, é necessário ligar uma ideia ao verbo por meio da preposição “de”, o que o torna um verbo transitivo indireto (VTI).

Seguindo a nomenclatura, o complemento verbal, iniciado por preposição, é chamado, portanto, de objeto indireto (OI).

  • “Os médicos informaram os diagnósticos aos pacientes”.

Na oração acima, “os médicos” exerce função sintática de sujeito do verbo “informaram”. O ato de informar, por sua vez, exige complementos acerca de sua natureza, visto que é possível informar alguma coisa, assim como também é possível informar a alguém.

No exemplo em questão, os dois complementos aparecem para garantir a plena compreensão do ato expresso pelo verbo. Quando um verbo é complementado, simultaneamente, por um objeto direto (no exemplo analisado: “os diagnósticos”) e por um objeto indireto (“aos pacientes”), tem-se um verbo transitivo direto e indireto (VTDI) ou, ainda, um verbo bitransitivo.

Retomando…

Em resumo, a transitividade verbal se relaciona à plena compreensão do ato expresso pelo verbo. Quanto à predicação, o verbo classifica-se em:

  1. Intransitivo – é o verbo capaz de constituir sozinho o predicado, dispensando complementos verbais (objeto direto ou indireto) Ex. “A criança sonhava”.
  1. Transitivo direto – é o verbo que exige um complemento não preposicionado, denominado objeto direto. Ex. “Compramos frutas vermelhas”.
  1. Transitivo indireto – é o verbo que exige um complemento preposicionado denominado objeto indireto. Ex. “Precisamos de frutas vermelhas”.
  1. Transitivo direto e indireto – é o verbo de sentido incompleto que pede dois complementos: um objeto direto e um objeto indireto. Ex. “Comunicamos a viagem aos pais”.
  1. De ligação – é o verbo não nocional (sem significação precisa), que liga o sujeito a uma característica (qualidade, estado ou condição) chamada predicativo do sujeito. Ex. “Os médicos ficaram alegres”.

Geralmente o predicativo é representado por adjetivo. Outras classes de palavras podem exercer essa função. Veja:

  • Minha boca é um túmulo. (substantivo)
  • Eu não sou ela! (pronome)
  • O verdadeiro amor é um sofrer. (verbo substantivado)

Dica: Os verbos de ligação mais frequentes são: serestarparecerpermanecerficar e continuar.

É importante observar as seguintes características dos verbos de ligação:

  1. Não têm significação própria;
  2. Não indicam ação;
  3. Não indicam a posição do sujeito num lugar.

Os verbos de ligação podem exprimir as seguintes características do sujeito:

  1. Estado permanente: Ex. Somente o Criador é.
  2. Estado transitório: Ex. A criança estava doente.
  3. Estado de mudança: Para sempre fiquei sozinha.
  4. Continuidade de estado: Ex. O Brasil continua lindo.
  5. Aparência de estado: Ex: Cláudia, você parece uma criança no parque.
  • SER é verbo intransitivo quando significa realizar-seocorrer, aparecendo sempre acompanhado de um adjunto adverbial de tempo ou de lugar.

Exemplos: A prova será difícil. (verbo de ligação)

A prova será no próximo mês. (verbo intransitivo – adj. adverbial de tempo)

A prova será no curso. (verbo intransitivo – adj. adverbial de lugar)

  • ESTARPERMANECERFICAR e CONTINUAR são verbos intransitivos quando indicam a posição do sujeito num lugar.

Exemplos:

  1. O pai está nervoso. (verbo de ligação)
  2. O médico está no hospital. (verbo intransitivo – adjunto adverbial de lugar)
  3. A criança permanece feliz. (verbo de ligação)
  4. A professora permanece na sala. (verbo intransitivo – adjunto adverbial de lugar)
  5. A mulher ficou calada. (verbo de ligação)
  6. A Cláudia ficou em casa. (verbo intransitivo – adj. adv. de lugar)
  7. O gatinho continua faminto. (verbo de ligação)
  8. O policial continua na rua. (verbo intransitivo – adj. adv. de lugar)
  • Dependendo do contexto, alguns verbos intransitivos ou transitivos podem assumir a função de um verbo de ligação:
  1. O vento virou o barco. (VTD)
  2. O goleiro virou uma fera. (VL)
  3. O homem caiu da árvore. (VI)
  4. O homem caiu doente. (VL)

Caro leitor, até o próximo bate-papo!

O que Devo Estudar de Português para os Concursos?

Para se aprofundar no conteúdo programático de Língua Portuguesa do seu concurso, é importante, antecipadamente, saber quais áreas do Português são normalmente exigidas nos editais. Confira:

Morfologia

É o estudo da estrutura, da formação e da classificação das palavras. Sua peculiaridade é estudar as palavras de forma isolada, não dentro da sua participação na frase ou período. Está agrupada em dez classes, denominadas classes de palavras ou classes gramaticais. São elas: Adjetivo, Advérbio, Artigo, Conjunção Numeral, Interjeição, Preposição, Pronome, Substantivo e Verbo.

Sintaxe

É a parte da gramática que estuda a disposição das palavras na frase e a das frases no discurso, bem como a relação lógica das frases entre si. Ao emitir uma mensagem verbal, o emissor procura transmitir um significado completo e compreensível. Para isso, as palavras são relacionadas e combinadas entre si. A sintaxe é um instrumento essencial para o manuseio satisfatório das múltiplas possibilidades que existem para combinar palavras e orações.

Semântica

A semântica estuda o significado das palavras. Conhecer o significado das palavras é importante, pois só assim o falante ou escritor será capaz de selecionar a palavra certa para construir a sua mensagem. Por isso, é importante conhecer fatos linguísticos como: sinônimos, antônimos, homônimos, parônimos, polissemia, denotação, conotação, figuras e vícios de linguagem.

Sabemos que se comunicar bem, tanto na expressão oral quanto na escrita, exige objetividade, clareza e coesão. Evitar modismo e gírias, além de cuidar da ortografia, correção e coerência das ideias apresentadas ajudam bastante na boa comunicação e no seu preparo. Ainda não se deve esquecer de fazer boas leituras (livros literários, livros técnicos, revistas, jornais e artigos).

Expressões como “vou esta transferindo” ou “Aonde você mora?”, utilizadas na oralidade e na escrita, podem comprometer a credibilidade de seu texto, de seus argumentos. Imagine, então, “erros” de português! O candidato(a) pode ser eliminado(a) antecipadamente do processo seletivo.

Vivemos em uma era altamente tecnológica e que exige rapidez nas comunicações. Assim, as possibilidades de “erros”, sejam elas na oralidade ou na escrita são reais. Se a agilidade é importante em plena era da “sociedade conectada”, comunicar-se bem e de forma eficiente em língua portuguesa, tornou-se algo essencial.

Precisamos evita que o “internetês” saia da internet. OK! Eu sei que é inevitável. Ao usar a internet a pessoa terá contato com o “internetês” e suas abreviaturas (você = vc, beleza = blz) e versões de palavras (aqui = aki). É preciso considerar o “internetês” como a linguagem utilizada nos meios eletrônicos. Não force para que se “corrija” o que é escrito neste ambiente. No entanto, o “internetês” deve mesmo ficar restrito à internet, ambiente em que é aceitável. Fora do computador, é preciso que as pessoas saibam escrever corretamente – e só um bom professor de Português é capaz de ensinar isso ao falante do idioma.

Engana-se quem pensa que a única vantagem de uma comunicação eficaz está na redação de textos relevantes e gramaticalmente corretos. O português pode proporcionar inúmeros diferenciais para a qualidade da sua comunicação.

É importante lembrar que o Português é a base para compreensão das outras disciplinas. Saber Português é essencial para aprender Matemática. Achou estranho? Pois pare para pensar: como o aluno vai entender as explicações do livro de Matemática se não estiver plenamente alfabetizado? O mesmo acontece com Constitucional, Administrativo, Geografia… Por isso, o Português é a base de toda a vida escolar.

Até Breve!

Cláudia Barbosa de Paiva

Regência Verbal: Verbos que Causam Dúvidas III

“Talento é dom, é graça. E sucesso nada tem a ver com sorte, mas com determinação e trabalho.”

Augusto Branco

Caro leitor, continuaremos falando sobre alguns verbos que precisam de mais atenção, pois são verbos especiais.

Agora, vamos partir para alguns verbos mais problemáticos. Na primeira parte, nós vimos os verbos mais comuns de serem confundidos e, na segunda, nós vimos os verbos que variam de significado.

# ESQUECER/LEMBRAR

Se forem pronominais, eles se tornam transitivos indiretos. Caso contrário, serão transitivos diretos.

Cláudia se esqueceu do carro no estacionamento.

Cláudia esqueceu o carro no estacionamento.

Essas duas orações estão corretas. A primeira é pronominal. Antes de “esqueceu” tem um “se”. Portanto, tem que dizer “se esqueceu da”. A segunda oração não é pronominal, portanto, vai direto: “esqueceu a”. Entendeu?

Essa mesma propriedade acontece com o verbo “lembrar”. Portanto, ou a gente fala “me esqueci disso”, ou fala “esqueci isso”. Ou a gente fala “me lembrei disso”, ou “lembrei isso”.

O “me” e o “se” são pronomes (me, te, se, lhe, nos, vos, o, a…). Sempre que eles aparecerem junto com os verbos “esquecer” e “lembrar”, esses verbos serão pronominais e, dessa forma, vão exigir a preposição “a”. Caso contrário, não vão exigir.

# PAGAR/PERDOAR/AGRADECER

Os verbos “pagar”, “perdoar” e “agradecer” só exigem preposição quando se referem a alguma pessoa. Se ele se referir a uma coisa ou objeto, então não terá preposição.

Cláudia pagou o cheque ao José.

Só tem preposição “a” em “pagou Ao José”, pois José é.

Não há preposição em cheque, pois cheque não é gente, não é pessoa: é coisa, é objeto. Por isso que a gente fala “pagou o cheque” e não “pagou ao cheque” e falamos “pagou AO José” e não “o José”. Seguem essa regra os verbos “Agradecer” e “Perdoar”.

# CHAMAR

O verbo “chamar” tem três significados

Significando “apelidar”

O verbo “chamar”, significando “apelidar”, tem liberdade total:

Chamei Maria de “flor do campo”.

Chamei a Maria de ” flor do campo”.

Chamei Maria ” flor do campo”.

Chamei a Maria ” flor do campo”.

Lembre-se: “chamar”, nesse caso, tem o sentido de “apelidar”.

Significando “invocar”

O verbo “chamar”, significando “invocação”, precisa da preposição “a”.

Chamei a Jesus Cristo

Observe, nessa oração, que eu estou invocando a Jesus Cristo (e não o “chamando”, o convidando)

Significando “convocar”

O verbo “chamar”, significando “convocar”, não precisa da preposição “a”.

Chamei o menino.

Observe que, diferente do caso anterior, eu não estou “invocando” o menino, mas sim o convocando, o “chamando”.

# SIMPATIZAR/ANTI-SIMPATIZAR

Sempre exige a preposição “com”. (eu simpatizo com fulano)

# AGUARDAR

Exige e não exige preposição: (Eles aguardavam o ônibus)

# FALTAR/RESTAR/BASTAR

Intransitivos ou exigem a preposição A.

Ele faltou hoje (intransitivo)

Ele faltou ao trabalho (prep. A)

# PROCEDER

Significando “dar início” ou “realizar” exige preposição A.

Cláudia precedeu à realização das provas.

Significando “originar-se” exige preposição DE.

A dor de cabeça de Cláudia procede da viagem do final de semana.

Significando “conduzir-se” ou “ter fundamento” é intransitivo.

As palavras de Cláudia procedem.

# RENUNCIAR

Exige ou não exige preposição “a”.

Cláudia renunciou o cargo. (sem)

Cláudia renunciou ao cargo. (com)

Cláudia renunciou a presidência. (sem)

Cláudia renunciou à presidência. (com)

Admitem duas construções (com e sem preposição) os verbos:

Avisar, advertir, certificar, cientificar, comunicar, informar, noticiar, notificar, prevenir

avisar algo a alguém” ou “avisar alguém de algo”

advertir algo a alguém” ou “advertir alguém de algo”, etc…

Até o próximo bate-papo!

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Regência Verbal: Verbos que Causam Dúvidas (II)

“Determinação, coragem e autoconfiança são fatores decisivos para o sucesso. Se estamos possuídos por uma inabalável determinação, conseguiremos superá-los. Independentemente das circunstâncias, devemos ser sempre humildes, recatados e despidos de orgulho.”.

Dalai Lama

Caro leitor, falaremos agora sobre alguns verbos que precisam de mais atenção.

# NAMORAR – Qual é o certo?

Cláudia namora Alex.

Cláudia namora com Alex.

O correto é “Cláudia namora Alex”. Namorar é um verbo transitivo direto: não exige preposição (liga-se diretamente ao complemento). Portanto, não esqueça: o verbo “namorar” não exige o “com”.

Com quem Cláudia namora? (errado)

Quem Cláudia namora? (certo)

# PREFERIR – Qual é o certo?

Cláudia prefere português do que matemática.

Cláudia prefere português à matemática.

O correto é “Cláudia e português a matemática”. Todo mundo fala “Eu prefiro isso do que aquilo”, mas não se usa o termo “do que” para o verbo preferir, mas sim o “a”: “Eu prefiro isso a aquilo”.

# (DES)OBEDECER – Qual é o certo?

Cláudia obedece o aviso.

Cláudia obedece ao aviso.

O correto é “obedece ao aviso”. O verbo obedecer é transitivo indireto, portanto você precisa da preposição “a” entre ele e seu complemento. No caso de desobedecer, a regra vale também: “Eu desobedeço Aos meus pais”.

OBS:  O “AO” é a junção de “A” mais “O”. Se tiver uma palavra feminina depois do verbo, o “O” vira “A” e a junção é “A” com “A”. A fusão de dois “A” é o “A” craseado (à).

Cláudia obedece à advertência. (advertência=palavra feminina)

 

# DESFRUTAR/USUFRUIR – Qual é o certo?

Cláudia desfruta de seu carro novo.

Cláudia desfruta seu carro novo.

O correto a se dizer é “Cláudia desfruta seu carro novo”. Desfrutar é verbo transitivo direto, assim como o verbo “usufruir”. Portanto, é errado dizer, por exemplo: “fulano desfruta do final da tarde”. O correto é “fulano desfruta o final da tarde”.

Até o próximo bate-papo!

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Dúvidas Frequentes III

“O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca vencer obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis.”

José de Alencar

Caro leitor, neste artigo, continuaremos estudando as dúvidas de língua portuguesa mais frequentes. Vamos anotar as dicas?

“Esse” ou “Este”?

“Esse” é usado para retomar um termo, uma ideia ou uma oração já mencionada.

A Terra gira em torno do Sol. Esse movimento é conhecido como translação.

“Este”, por sua vez, introduz uma ideia nova, ainda não mencionada.

Esta ideia de presente é interessante: uma joia.

“Este” também pode indicar proximidade do falante, enquanto “esse” nos dá a ideia de proximidade do ouvinte.

A – “Este casaco me pertence”.

B – “Quando você comprou esse casaco que está usando?”.

Em (a), o casaco é de quem fala e, portanto, está mais próximo dele.

Em (b), o casaco é do ouvinte.

Os dois termos são classificados como pronomes demonstrativos e são usados quando o falante quer esclarecer a identidade de um referente (nome), retomar conteúdos e localizá-los no tempo e no espaço. Entre essas funções, a mais importante é a de retomar ideias já mencionadas e ajudar na articulação do texto.

No discurso, os pronomes demonstrativos são eficientes elementos de coesão entre o que se está falando e o que já foi ou irá ser dito adiante. Devemos usar “este” e suas flexões para adiantar o que se vai dizer ou para remeter a um termo imediatamente anterior.

Você conhece estes versos: “Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá…“?

Outro caso importante ocorre quando queremos retomar elementos já mencionados utilizando os pronomes demonstrativos.

O amor, o respeito e a gratidão devem fazer parte da vida do homem. Aquele, por impedir o ódio, esse, por demonstrar educação e este por promover a solidariedade.

Na elaboração de cartas, os pronomes demonstrativos “este”, “esta” referem-se ao local em que se encontra quem está escrevendo a carta. Os pronomes demonstrativos “esse”, “essa” referem-se ao local em que se encontra o destinatário.

Este município tem o prazer de convidar todos os professores dessa cidade para participar da Festa do Conhecimento.

Até o próximo bate-papo!

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Dúvidas Frequentes II

“O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca vencer obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis.”

José de Alencar

Caro leitor, neste artigo, continuaremos estudando as dúvidas de língua portuguesa mais frequentes. Vamos começar?

“Mau-caráter”, “mau caráter”, “mal-caráter” ou “mal caráter”?

Depende do contexto. Aquela pessoa que não é confiável, que é capaz de atos traiçoeiros, é mau-caráter, com hífen.

Pensei que ele estava recuperado, mas continua o mesmo mau-caráter de sempre.

Já a forma mau caráter, sem hífen, consiste no uso do “mau” como um simples adjetivo.

O dono daquela loja é uma pessoa de mau caráter.

É importante não confundirmos “mal” (que é o contrário de bem) com o adjetivo “mau” (que é o contrário de bom).

Uma forma fácil de identificar qual deve ser usado é fazer a substituição pelo seu antônimo, para verificar qual se encaixa melhor na frase. Assim, percebemos facilmente que o contrário de mau-caráter é “bom-caráter” e não “bem-caráter”.

O plural de mau-caráter é maus-caracteres.

“Semiconsciente” ou “semi-consciente”?

O falso prefixo semi-, após a reforma ortográfica, passou a ser separado do segundo elemento por hífen somente nos casos em que este inicia por “i” ou “h”. Portanto, o correto é semiconsciente, sem hífen.

Semiconsciente é alguém que está parcialmente consciente.

“À frente” tem crase, mas “frente a frente” não

Na expressão “à frente”, a crase ocorre, já que se trata de locução (adverbial ou prepositiva) feminina.

Estou à frente dos negócios da minha família.

O atleta brasileiro chegou à frente dos demais.

“A quiche” ou “o quiche”?

A palavra quiche, de origem francesa, no Brasil é considerada um substantivo de dois gêneros. Assim, podemos dizer “a quiche”, “o quiche”, “uma quiche” ou “um quiche”.

É o mesmo caso de “omelete”. Desde o surgimento desses neologismos, a maioria das pessoas usava a forma masculina: “um quiche” e “um omelete”.

Assim, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) da Academia Brasileira de Letras, além dos principais dicionários, passaram a trazer “quiche” (e “omelete”, entre outros) como substantivo de dois gêneros.

“Acerca de”, “A cerca de” ou “Há cerca de”?

1 – “Acerca de” é uma locução prepositiva e equivale a “sobre”, “a respeito de”.

Estávamos conversando acerca de educação.

2 – “A cerca de” indica aproximação.

Minha família mora a cerca de 2 Km daqui.

3 – “Há cerca de” indica tempo decorrido.

Compraram aquela casa há cerca de três anos.

“Afro-brasileiro” ou “Afrobrasileiro”?

Elementos como afro-, anglo-, euro-, franco-, indo-, luso-, quando compõem adjetivos pátrios (também chamados de gentílicos), apresentam hífen.

Afro-americano, afro-brasileiro, anglo-saxão, franco-canadense, etc.

Se, no entanto, esses elementos não estiverem somando duas identidades para a formação de adjetivos pátrios, não haverá o uso do hífen.

Afrodescendente, anglofalante, etc.

Até o próximo bate-papo!

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