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Regência Verbal

“O resultado é sempre resposta da nossa vontade e da seriedade que lidamos com as situações!”

Marianna Moreno

Caro leitor, tudo bom com você? Hoje nós vamos estudar um assunto muito legal chamado Regência Verbal. A primeira coisa que você precisa fazer é ler, com atenção, a frase abaixo:

Cláudia gosta estudar.

Você percebeu algo estranho na frase? Talvez você diga que falte alguma coisa, certo? Essa “coisa” que falta é a tal da preposição. O certo é dizer:

Cláudia gosta de estudar.

Nós precisamos usar a preposição “de” quando usamos o verbo “gostar” e é basicamente isso que a gente estuda em Regência Verbal: nós analisamos se os verbos precisam ou não de preposição (e precisamos saber qual é a preposição correta). Em outras palavras, nós estudamos a regência dos verbos (quando os verbos regem preposição, ou seja: exigem alguma preposição). Exemplos:

Cláudia viajou para Brasília.

Usamos a preposição “para” com o verbo “viajar”.

Cláudia mora no Rio de Janeiro.

Usamos a preposição “em” com o verbo “morar”.

Cláudia odeia falsidade.

Não usamos nenhuma preposição com verbo “odiar”.

ATENÇÃO!

Às vezes, as preposições podem se juntar com outras palavras, como os artigos e os pronomes. Por exemplo:

Cláudia gostou da aula.

“gostou de” + “a aula” = gosta da aula.

 

O verbo “gostar” exige a preposição “de”, que se junta com o artigo “a” (de “a aula”).

Cláudia gostou desta caneta.

“gostou de” + “esta caneta” = gostou desta caneta

O verbo “gostar” exige a preposição “de”, que se juntou com o

pronome demonstrativo “esta”, formando o “desta”.

Cláudia está naquela cabana.

“está em” + “aquela cabana” = “está naquela cabana”

O verbo “estar” exige a preposição “em”, que se juntou com

o pronome demonstrativo “aquela”, formando “naquela”.

Até o próximo bate-papo!

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Polissemia ou Homonímia?

Querem que vos ensine o modo de chegar à ciência verdadeira?

Aquilo que se sabe, saber que se sabe; aquilo que não se sabe,

saber que não se sabe; na verdade é este o saber.

Confúcio”

 

Caro leitor,

como saber se um conjunto de homógrafas homófonas caracteriza-se como homônimas perfeitas ou constituem termos polissêmicos?

O que é polissemia?

Polissemia representa a multiplicidade de significados de uma palavra. Do grego polis, significa “muitos”, enquanto sema refere-se ao “significado”. Portanto, um termo polissêmico é aquele que pode apresentar significados distintos de acordo com o contexto. Apesar disso, eles têm a mesma etimologia e se relacionam em termos de ideia.

A polissemia é o fato de haver uma só forma (significante) com mais de um significado unitário pertencente a campo semântico diferente.

A polissemia confere às línguas humanas a flexibilidade de que elas precisam para exprimirem todos os inúmeros aspectos da realidade.

O que é homonímia?

Homonímia são palavras que possuem a mesma grafia ou a mesma pronúncia, mas com significados diferentes entre si. A homonímia está inserida nos estudos semânticos da língua portuguesa. Etimologicamente, este termo surgiu do grego homós , que quer dizer “igual”, e ónymon , que significa “nome”.

Tipos de homonímias

Homônimas homógrafas: trata-se das palavras que possuem a mesma grafia, mas demonstram pronúncia e significados diferentes. Por exemplo:

“gosto” (verbo gostar) e

“gosto” (substantivo) /

“este” (pronome demonstrativo) e

“este” (ponto cardeal). ​

Homônimas homófonas: detém igual pronúncia, mas são distintas na grafia e no seu significado. Por exemplo:

“seção” (departamento) e

“sessão” (período de tempo) /

“sela” (verbo) e

“cela” (substantivo).

Homônimos perfeitos: neste caso, são as palavras são escritas e pronunciadas igualmente, no entanto, possuem significados distintos. Por exemplo:

“verão” (substantivo) e

“verão” (verbo) /

“cedo” (advérbio) e

“cedo” (verbo).

Devido à semelhança, é bastante comum a confusão entre a homonímia e a polissemia. Uma palavra polissêmica é aquela que carrega múltiplos significados distintos. Um exemplo disso é o termo “letra”, pois ele pode tanto significar o elemento mais básico do alfabeto quanto a caligrafia de alguém ou mesmo o texto de uma canção.

No entanto, as expressões homônimas são duas ou mais palavras que têm origem e significados díspares, mas a pronúncia e a grafia são iguais. Um exemplo disso é quanto a palavra “grama”, que pode ser uma unidade de massa ou mesmo ser um sinônimo para “relva”.

Ou seja, homonímia e polissemia têm como diferença o fato de que a palavra não contém a mesma origem etimológica para os dois significados, ainda que possua grafia e pronúncia idênticas. Com base nisso, seguem algumas reflexões sobre o tema.

  1. a) Critério do traço semântico ou de sentido:

A distinção entre polissemia e homonímia é, às vezes, precária e tem sido proposta com base em critérios díspares e insatisfatórios. Para alguns teóricos, significados diferentes são expressos por um mesmo nome, na homonímia; matizes diversos de um mesmo sentido básico de um nome caracterizam a polissemia, (ou seja, polissemia é) a existência de um traço comum de significado entre sentidos diversos de uma mesma palavra.

Isto é, na polissemia existe um traço semântico; na homonímia inexiste. Na homonímia há sentidos diversos perdendo-se o traço comum de sentido que os uniria; na polissemia conserva-se um traço comum de significado embora indiquem coisas diferentes.

  1. b) Critério do Radical ou Raiz:

Por esse critério seriam termos polissêmicos quando se originam de um mesmo radical ou palavra primitiva empregada em sentido conotativo (conservando um mesmo traço semântico); e seriam homônimas perfeitas quando proveem de radicais ou raízes diversas gerando significações diferentes e sem traço comum de sentido.

  1. c) Critério da Ambiguidade:

Homônimos perfeitos causam ambiguidade; termos polissêmicos não.

  1. d) Critério das classes gramaticais diferentes:

Termos polissêmicos têm mesma classe gramatical; homônimos perfeitos possuem classes gramaticais diversas.

  1. e) Critério dos morfemas flexionais ou flexivos (vogal temática e desinências):

Entendo que nas palavras morro (elevação da terra) e morro (verbo) ocorre homonímia uma vez que o “o” no primeiro é vogal temática e, no segundo, é um morfema verbal. Nas palavras cabra (animal) e cabra (macho) ocorre uma polissemia uma vez que ambas terminaram com vogal temática.

Caro leitor, até o próximo bate-papo!

 

 

 

Concordância verbal no Concurso: O Desafio

A concordância verbal refere-se ao verbo em relação ao sujeito, ou seja, o verbo da frase deve concordar em número (singular ou plural) e em pessoa com o sujeito. Desta forma, quando você for analisar uma frase, identifique o sujeito e depois veja se o verbo está concordando com esse termo.

Dica 1: tenha disciplina!

Essa é uma das principais dicas para você resolver e acerta questões de concordância verbal.  Mas, não se esqueça de que essa matéria está muito relacionada com Regência. É importante esse tema.

Regras básicas da concordância verbal

Prepare o seu lugar de estudos e se concentre, pois, essa é uma das partes mais importantes dos estudos e você vai precisar ter foco para aprender concordância verbal. Portando, nada de celular e deixe para acessar as redes sociais depois.

Procedimento 1: identificou o sujeito da frase

Se ele for simples, singular ou plural, o verbo vai concordar com ele.

Os brasileiros votarão com responsabilidade.

Eu vou votar com responsabilidade.

Agora, MUITA atenção porque vamos falar sobre a concordância verbal do sujeito composto.

A concordância verbal deve ser feita no plural quando o sujeito for composto e ANTEPOSTO ao verbo:

Cláudia e Valéria viajaram muito!

Mas, se o sujeito for POSPOSTO pode concordar no plural ou com o núcleo do sujeito mais próximo:

Faltou determinação e fé.

Faltaram determinação e fé.

Não se esqueça de que se ocorrer ideia de reciprocidade a concordância é feita de forma OBRIGATÓRIA no plural:

Abraçaram-se a professora e o aluno.

Verbo com o pronome apassivador “Se”: há concordância com o sujeito

Avaliou-se a estratégia de estudos.

Núcleos do sujeito ligados por “ou”: verbo permanece no singular se houver ideia de exclusão: verde ou lilás será a cor da casa.

Se o sujeito for composto por expressões partitivas como a maioria de, grande número de, a maior parte de seguidas por meio de um substantivo ou pronome no plural o verbo poderá ficar no singular ou plural:

A maioria dos professores COMPARECEU no evento.

A maioria dos professores COMPARECERAM no evento.

O sujeito é pronome relativo “que” o verbo concorda com o antecedente do pronome.

Fui eu que comprei o livro.

Fomos nós que compramos o livro.

Concordância verbal do sujeito composto por nomes que aparecem no plural: se o sujeito não vier precedido de artigo, o verbo ficará no singular. Mas, se ele vier antecedido de artigo, o verbo vai concordar com ele.

Os Estados Unidos são referência econômica.

Estados Unidos é um dos principais destinos de viagem dos latinos.

Estude regência dos principais verbos para os concursos.

Nessa parte sobre concordância verbal, separei a regência de vários verbos que são cobrados nas provas de concurso público e podem causar muita confusão. Não se esqueça de fazer uma lista com os principais verbos que você encontrar fazendo exercício.

Aspirar:

VTD: respirar, sorver

Aspiramos o ar poluído das metrópoles.

VTI: desejar, pretender

Cláudia aspirava a sua aprovação.

Assistir

VTI: estar presente, presenciar

Ontem assistir ao meu filme preferido.

VTD ou VTI: prestar assistência

O médico assiste o paciente.

VI: morar, residir

Cláudia assiste no Rio de Janeiro.

Chegar

VI – indica lugar e exige a preposição a

Cheguei ao shopping de carro.

Pisar

VTD

Eu não piso o chão que você pisa.

Chamar, convocar, convidar

VTD e ocasionalmente podem aparecer seguidos de adjunto adverbial de lugar

Chamou o pai para um evento.

 

MASTE COACH E PROFESSORA CLÁUDIA BARBOSA DE PAIVA

CLÁUDIA BARBOSA é professora de Língua Portuguesa e Master Coach certificada pela FEBRACIS e pelo IBC. Especialista em Coaching de Carreira – Aprendizagem Acelerada – Aprovação em Concursos. Analista Comportamental e perita em Avaliação 360º. Formação em Letras. Mestre e Doutora em Filosofia da Linguagem.

E-mail: edu.cbpletras@gmail.com

Facebook: https://www.facebook.com/claudiaidioma

Cel.: (21) 99697-1967

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