“Se você não tem incentivo de alguém, é bom ter muita força de vontade.”
Cláudia Barbosa
Caro leitor,
Alguém já ouviu dizer qual é a utilidade de saber o que é uma oração coordenada sindética adversativa? E por que eu devo dizer que “eu cheguei a casa cansado” em vez de dizer “eu cheguei em casa cansado”? Por que tínhamos de ficar decorando as conjunções: mas, porém, todavia, no entanto, entretanto, contudo e por aí afora? E por que se escrevem os porquês de formas diferentes? Muitas vezes fazíamos essas perguntas, e o que obtínhamos era: porque sim (e nem era propaganda de cerveja na época!).
Mas, onde eu quero chegar com toda essa história? (ou seria “aonde” eu quero chegar com toda essa história? – acertou quem disse que a última forma é a correta). Quero chegar ao ponto de que pelo fato de a gramática ser ensinada de forma separada da redação, aprendemos as coisas fragmentadas e raramente conseguimos fazer uma conexão entre a teoria da gramática e o texto que escrevemos.
Observe a seguinte situação: você foi a uma festa; não gostou; veio embora. O professor de gramática tradicional diria para você reescrever a situação da seguinte maneira: use as normas cultas da gramática para traduzir a ideia acima: escreva uma oração coordenada assindética, seguida de uma oração coordenada sindética adversativa e depois uma oração coordenada sindética explicativa.
Felizmente não precisamos escrever dessa maneira. Eu não preciso decorar o que é uma oração coordenada sindética adversativa; apenas devo atentar para o significado das palavras: “adversativa” é sinônimo de adversidade, ou seja, ideias contrárias; e daí pensar: que palavras dão-me a ideia de contradição? (mas, porém, todavia, etc). Então, eu montaria o período: Fui a uma festa, mas não gostei dela. Pronto! Escrevi uma oração coordenada sindética adversativa e nem doeu…
E a ideia continua: por que você veio embora? Vim embora porque a festa estava ruim. Logo, se fosse para juntar toda a ideia em apenas parágrafo, ficaria: “Fui a uma festa, mas não gostei dela, por isso vim embora.” Automaticamente você construiu uma oração coordenada sindética adversativa e depois uma oração coordenada sindética explicativa.
E o melhor de tudo: sem se machucar, somente pensando no sentido que ela gerou.
Dessa forma, aprendemos o que parece nos fazer sentido; tudo aquilo que não entendemos ou que não nos faz sentido fica muito vago, obscuro, difícil. É por isso que muita gente “odeia” gramática.
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Tentar não significa conseguir. Mas quem, conseguiu, com certeza tentou. E muito!
Até o próximo bate-papo!